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Óleo de cozinha usado: como as Prefeituras podem transformar um problema ambiental em solução econômica para o município

Nova Lima (MG) e São Bernardo do Campo (SP) transformaram óleo usado em economia circular e reconhecimento internacional

O marco legal que ampara essa iniciativa

Desde a promulgação da Lei nº 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), ficou claro que o óleo de cozinha usado deve ter destinação ambientalmente adequada, com responsabilidade compartilhada entre geradores, poder público e operadores, conforme diretrizes da PNRS e regulamentações estaduais e municipais complementares.

O que muitos gestores públicos ainda não perceberam é que a lei não os obriga a arcar sozinhos com todos os custos. Pelo contrário, ela incentiva parcerias com o setor privado através de instrumentos jurídicos bem definidos.

Instrumentos jurídicos disponíveis

Termos de Parceria Público-Privada

Amparados pela Lei nº 11.079/2004, esses termos permitem que empresas especializadas instalem e operem pontos de coleta em equipamentos públicos, desde que respeitadas as normas ambientais locais e firmado instrumento jurídico válido com o município, como PPP, convênio ou termo de cooperação.

Convênios e Cooperação Técnica com Associações ou Cooperativas

Regidos pela Lei nº 13.019/2014, que estabelece o Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MROSC), esses convênios facilitam a integração com catadores organizados e entidades sociais.

Consórcios Públicos

Previstos na Lei nº 11.107/2005, permitem que municípios se unam para viabilizar soluções conjuntas para coleta, tratamento e destinação de resíduos, inclusive o óleo usado.

Acordos Setoriais com o Comércio e Indústria

São instrumentos previstos na própria PNRS para viabilizar a corresponsabilidade pelo ciclo de vida dos produtos. Podem incluir padarias, restaurantes, supermercados e condomínios como pontos de entrega voluntária.

Essas ferramentas já existem e são legais, legítimas e replicáveis. O que falta, na maioria dos casos, é articulação política e vontade administrativa.

O modelo Nova Lima: um case de sucesso replicável

A Prefeitura de Nova Lima, em parceria com a empresa Óleo Verde Resíduos, implementou um sistema que já conta com 30 ecopontos distribuídos estrategicamente pela cidade. O modelo é simples, eficiente e pode ser replicado por qualquer município.

Foto: Lucas Mendes / Prefeitura de Nova Lima – Divulgação

Como funciona na prática

Instalação: Ecopontos (coletores grandes em formato de garrafas PET identificadas) com capacidade para 200 litros cada.

Coleta: Semanalmente, a empresa parceira recolhe o material.

Processamento: O óleo é transformado em biodiesel, sabão e detergentes.

Investimento para o município: Zero em recursos financeiros diretos, desde que o município viabilize a infraestrutura mínima e articule a parceria. O resíduo tem valor comercial, o que pode permitir às empresas parceiras absorverem os custos operacionais, desde que o município viabilize a infraestrutura mínima e formalize os acordos conforme previsto em legislação.

Locais estratégicos dos ecopontos

O segredo do sucesso está na localização estratégica dos pontos de coleta, o que facilita o acesso da população e aumenta a adesão espontânea:

  • Equipamentos públicos: regionais administrativas, sede da prefeitura, escolas municipais e centros de atendimento ao cidadão
  • Centros comerciais: como o Serena Mall, com grande fluxo diário
  • Instituições comunitárias: igrejas, creches, associações de bairro
  • Condomínios e loteamentos fechados: por meio de parcerias com síndicos e administradoras

Essa diversidade de locais garante capilaridade, praticidade e visibilidade ao programa, facilitando o engajamento da população.

Os benefícios que vão além do meio ambiente

A gestão adequada do óleo de cozinha usado não apenas protege os recursos hídricos, como também oferece vantagens econômicas, sociais e institucionais para os municípios. Veja os impactos concretos:

1. Redução de custos operacionais

  • Menor frequência de manutenção em redes de esgoto entupidas por óleo
  • Redução nos custos de tratamento de efluentes nas estações de esgoto
  • Diminuição de problemas de transbordamento de caixas de gordura e contaminação do solo
  • Redução de enchentes e deslizamentos de terra provocados pelo acúmulo de óleo que impermeabiliza o solo

2. Geração de oportunidades econômicas

  • Criação de empregos indiretos nas etapas de coleta, transporte e processamento
  • Integração de cooperativas de catadores, que podem atuar como agentes de coleta e triagem
  • Estímulo à economia circular, com reaproveitamento local de resíduos antes considerados inúteis

3. Melhoria de indicadores ambientais

  • Redução da contaminação de corpos d’água superficiais e subterrâneos
  • Diminuição da dependência de combustíveis fósseis, com a produção de biodiesel
  • Contribuição direta para o cumprimento das metas de sustentabilidade exigidas por legislações nacionais e acordos internacionais

4. Fortalecimento da imagem institucional

  • Demonstração concreta de responsabilidade ambiental por parte da gestão pública
  • Engajamento da população em práticas sustentáveis e educativas
  • Cumprimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos, com respaldo técnico e jurídico

O exemplo de São Bernardo do Campo: recorde mundial e lição de política pública

Outro caso emblemático que comprova o potencial da gestão correta do óleo usado vem de São Bernardo do Campo (SP). A cidade não apenas estruturou um programa consistente, como foi reconhecida internacionalmente pelo Guinness Book como a maior arrecadadora de óleo usado no mundo, título conquistado novamente em 2022.

Com o programa “Eco Óleo 2022”, São Bernardo demonstrou como a articulação entre poder público e políticas ambientais pode gerar resultados expressivos. Em apenas um mês, foram coletados mais de 55 mil litros de óleo (volume estimado), evidenciando a adesão da população e a eficiência da coleta. O prefeito Orlando Morando recebeu uma placa oficial do Guinness pelo feito.

O sucesso da iniciativa se deve, em parte, à conscientização sobre os impactos ambientais: o descarte incorreto do óleo compromete diretamente os mananciais da região, como a represa Billings, e representa um risco grave à saúde pública e à infraestrutura de saneamento.

Mais do que reduzir passivos, o município demonstrou que o óleo usado, quando corretamente classificado e destinado, possui valor agregado ambiental, social e econômico. A maior parte do material arrecadado foi reaproveitada na produção de sabão, cimento e ração animal, reafirmando o papel do resíduo como matéria-prima estratégica. Como resume uma das falas do programa: “Pessoas não têm a menor ideia que o óleo usado tem valor agregado.”

A lição de São Bernardo é clara: políticas ambientais funcionam quando há prioridade institucional, engajamento da sociedade e visão estratégica. O que parece apenas uma questão sanitária é, na verdade, um vetor de desenvolvimento ambiental, social e econômico.

Por que muitas prefeituras ainda não se mobilizaram?

Apesar das vantagens evidentes e da base legal já consolidada, a maioria dos municípios brasileiros ainda não implementou programas de coleta de óleo de cozinha usado. Os motivos mais recorrentes incluem:

1. Falta de conhecimento técnico e normativo

Boa parte dos gestores públicos desconhece que o óleo de cozinha usado é enquadrado como resíduo sólido pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010) e pode estar sujeito à logística reversa, desde que previsto em regulamentações estaduais, municipais ou acordos setoriais específicos. Em determinadas localidades, normas técnicas como a ABNT NBR 10.004 permitem que o óleo seja classificado como resíduo perigoso (Classe I), o que impõe exigências adicionais de coleta, transporte e destinação ambientalmente adequada. Além disso, muitos desconhecem os instrumentos legais existentes para formalizar parcerias com o setor privado ou organizações sociais, evitando custos diretos ao orçamento municipal.

2. Ausência de articulação com o setor privado

Embora existam empresas e organizações sociais aptas e dispostas a atuar, os municípios raramente estabelecem os canais institucionais necessários para formalizar as parcerias. Faltam editais, termos de referência, convênios e chamadas públicas.

3. Desvalorização da educação ambiental

A gestão de resíduos ainda é tratada como uma obrigação operacional, em vez de ser reconhecida como uma ferramenta estratégica de mobilização cidadã e desenvolvimento sustentável. Sem campanhas educativas e políticas de longo prazo, os programas não ganham tração popular.

Implementação passo a passo: o roteiro para a prefeitura da sua cidade

Para qualquer gestor público que deseje tirar o projeto do papel, o caminho pode ser trilhado em quatro fases simples e bem definidas, com resultados mensuráveis a cada etapa:

Fase 1: Diagnóstico (até 30 dias)

  • Levantamento da quantidade de óleo descartado irregularmente
  • Mapeamento dos principais geradores de resíduo (restaurantes, escolas, residências)
  • Identificação dos custos atuais com manutenção de redes e estações de tratamento

Fase 2: Estruturação da parceria (até 60 dias)

  • Pesquisa e seleção de empresas especializadas na coleta e processamento
  • Elaboração de termo de parceria, convênio ou edital de chamamento público
  • Definição dos pontos estratégicos para instalação dos primeiros ecopontos

Fase 3: Implementação (até 90 dias)

  • Instalação física dos ecopontos com identificação visual clara
  • Lançamento de uma campanha de conscientização local (rádio, redes sociais, escolas)
  • Treinamento das equipes responsáveis pelo acompanhamento e interlocução com a empresa parceira

Fase 4: Monitoramento e expansão (contínuo)

  • Acompanhamento dos volumes coletados e processados
  • Avaliação dos impactos ambientais, econômicos e sociais
  • Expansão gradual da rede, com inclusão de novos bairros, instituições e parcerias locais

Esse roteiro pode ser ajustado à realidade de cada município, mas sua essência permanece: planejamento, articulação e acompanhamento contínuo são os pilares do sucesso.

Parcerias que já estão funcionando

O caso de Nova Lima mostra que a colaboração entre poder público e iniciativa privada não apenas é possível, como já está dando certo. A empresa parceira, Óleo Verde Resíduos, oferece um modelo replicável que pode ser customizado para qualquer município brasileiro. Veja o que normalmente compõe a parceria:

  • Fornecimento de equipamentos: coletores, bombonas, faixas, placas e materiais de sinalização
  • Logística de coleta regular, com cronograma pré-definido e rastreabilidade
  • Processamento responsável: transformação do óleo em produtos como biodiesel, sabão ecológico e detergentes biodegradáveis
  • Relatórios técnicos periódicos, com prestação de contas, volumes coletados e destinos dados ao resíduo

Esse modelo demonstra que, com transparência, regularidade e comunicação ativa, o serviço não só funciona, como se torna símbolo de inovação urbana e cuidado ambiental.

A oportunidade não pode mais ser desperdiçada

O óleo de cozinha usado representa uma tríplice oportunidade para os municípios brasileiros:

  • Ambiental, pela preservação da água e do solo
  • Econômica, pela redução de custos e geração de empregos
  • Social, pela inclusão produtiva e educação ambiental

Enquanto algumas cidades já colhem os frutos dessa gestão inteligente, outras continuam desperdiçando recursos públicos para lidar com um problema que poderia ser uma solução circular.

A diferença está em quem escolhe agir.

O próximo passo é seu

Se você é gestor público, agente ambiental ou cidadão consciente, a oportunidade está à sua frente. Não é mais uma questão de “se” sua cidade vai implementar a gestão adequada do óleo de cozinha usado. A única pergunta que resta é: quando?

A sustentabilidade urbana e a economia circular não dependem de grandes discursos. Elas começam por decisões práticas, simples e viáveis como essa. E o momento de decidir é agora.

Para mais informações, entre em contato com a Óleo Verde e saiba mais sobre o projeto de reciclagem de óleo de cozinha. Chame no WhatsApp 31 99551-8191 ou clique aqui

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Lei Rouanet da Reciclagem: como apoiar projetos de sustentabilidade com incentivo fiscal

Conheça o mecanismo que permite destinar até 6% do IR para pessoas físicas e 1% para empresas a projetos de reciclagem, combinando benefícios fiscais, ambientais e sociais.

Uma nova era para a reciclagem no Brasil

Nova legislação permite direcionar parte do imposto devido para financiar iniciativas socioambientais

A sustentabilidade ambiental e a gestão adequada de resíduos são desafios crescentes em nossa sociedade. Felizmente, o Brasil deu um passo significativo para enfrentar essas questões com a criação da Lei de Incentivo à Reciclagem (Lei nº 14.260/2021), carinhosamente apelidada de “Lei Rouanet da Reciclagem”.

Esta legislação inovadora representa um marco para o setor de reciclagem no país, permitindo que tanto pessoas físicas quanto jurídicas direcionem parte de seus impostos para projetos socioambientais. Recentemente regulamentada pela Portaria GM/MMA nº 1.250/2024, a lei oferece um mecanismo concreto para impulsionar a economia circular e promover a inclusão social.

Neste artigo completo, a Óleo Verde apresenta tudo o que você precisa saber sobre esta importante ferramenta de transformação ambiental: como funciona, quem pode participar, quais são os benefícios e como você ou sua empresa podem se envolver nesta iniciativa que combina responsabilidade fiscal, ambiental e social.

O que é a Lei Rouanet da Reciclagem?

A Lei de Incentivo à Reciclagem (Lei nº 14.260/2021) é uma legislação federal que segue um princípio semelhante ao da famosa Lei Rouanet para a cultura, mas com foco na sustentabilidade ambiental. Seu objetivo central é estimular investimentos em projetos de reciclagem por meio de incentivos fiscais.

O mecanismo é simples e poderoso: contribuintes do Imposto de Renda (pessoas físicas e jurídicas) podem destinar parte do valor que pagariam ao governo para financiar diretamente projetos de reciclagem aprovados pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).

Principais características:

  • Para pessoas físicas: possibilidade de deduzir até 6% do IR devido
  • Para empresas (regime de Lucro Real): dedução de até 1% do IR devido
  • Transparência: todos os projetos passam por avaliação técnica do MMA
  • Foco em resultados: prioridade para iniciativas com impacto social e ambiental mensurável

O diferencial desta lei é que ela não representa um gasto adicional para o contribuinte, mas sim uma redirecionamento de recursos que seriam pagos como imposto, transformando-os em investimentos diretos em iniciativas sustentáveis.

Áreas de Atuação: o que pode ser financiado?

A Lei Rouanet da Reciclagem abrange um amplo espectro de iniciativas que contribuem para fortalecer a cadeia da reciclagem no Brasil. De acordo com a regulamentação, os projetos elegíveis podem incluir:

Infraestrutura e Equipamentos:

  • Aquisição de maquinário para triagem de materiais recicláveis
  • Compra de veículos especializados para coleta seletiva
  • Implantação ou modernização de centros de triagem
  • Desenvolvimento de unidades de beneficiamento de resíduos
  • Estruturação de pontos de entrega voluntária (PEVs)

Capacitação e Inclusão Social:

  • Treinamento técnico para catadores de materiais recicláveis
  • Programas de formação em gestão para cooperativas
  • Incubação de micro e pequenas empresas do setor
  • Desenvolvimento de redes de comercialização e negócios inclusivos
  • Formalização de associações de catadores

Inovação e Tecnologia:

  • Pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias para reciclagem
  • Soluções para materiais de difícil reciclabilidade
  • Sistemas digitais para rastreabilidade de resíduos
  • Aplicativos que conectam geradores e recicladores
  • Metodologias para mensuração de impacto ambiental

Educação Ambiental:

  • Campanhas de conscientização sobre separação de resíduos
  • Programas educativos em escolas e comunidades
  • Materiais didáticos sobre economia circular
  • Eventos e ações de mobilização comunitária
  • Formação de multiplicadores ambientais

É importante destacar que os projetos devem ir além das obrigações legais já existentes. Por exemplo, iniciativas que apenas cumprem requisitos de logística reversa já obrigatórios por lei não são elegíveis. O objetivo é fomentar ações adicionais e inovadoras que realmente transformem o cenário da reciclagem no país.

Quem pode participar e como funciona?

A Lei Rouanet da Reciclagem foi desenhada para permitir a participação de diversos públicos da sociedade. Vamos entender as possibilidades para cada tipo de participante:

Para Pessoas Físicas:

Se você é um contribuinte que faz a declaração de Imposto de Renda no modelo completo, pode direcionar até 6% do seu IR devido para projetos de reciclagem. O processo é relativamente simples:

  1. Escolha do projeto: selecione um projeto aprovado pelo MMA que esteja em fase de captação
  2. Transferência do valor: realize a doação diretamente para a conta bancária específica do projeto
  3. Recebimento do recibo: o proponente do projeto emitirá um recibo oficial de doação
  4. Dedução na declaração: no momento de fazer sua declaração de IR, inclua a doação na seção de incentivos fiscais

Exemplo prático:

  • Suponha que seu Imposto de Renda devido seja de R$ 10.000,00
  • Você pode destinar até R$ 600,00 (6%) para um projeto de reciclagem
  • Na prática, você pagará R$ 9.400,00 ao governo e R$ 600,00 ao projeto escolhido
  • O valor total continua sendo R$ 10.000,00, mas você ganha o poder de decidir onde parte do seu imposto será aplicado

É fundamental que a doação seja feita dentro do ano-calendário (até 31 de dezembro) para ser deduzida na declaração do ano seguinte.

Para Empresas (Regime de Lucro Real):

Empresas tributadas pelo regime de Lucro Real têm a oportunidade de destinar até 1% do IR devido para projetos de reciclagem. As vantagens vão além do benefício fiscal:

  1. Incentivo como estratégia ESG: alinhamento com práticas ambientais, sociais e de governança
  2. Fortalecimento da marca: possibilidade de associar a imagem da empresa a projetos sustentáveis
  3. Relacionamento com stakeholders: demonstração concreta de compromisso com a sustentabilidade
  4. Certificações e reconhecimento: inclusão no Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (SINIR) como empresa apoiadora

Procedimento para empresas:

  • Identificar projetos aprovados pelo MMA
  • Realizar a transferência dentro do ano fiscal
  • Obter recibo oficial do proponente
  • Incluir a dedução na apuração do IR
  • Comunicar o apoio às partes interessadas, se desejado

Para Proponentes de Projetos:

Cooperativas, associações, ONGs e outras organizações podem inscrever seus projetos para captação de recursos através da lei. O processo envolve:

  1. Elaboração do projeto: desenvolvimento de proposta detalhada conforme diretrizes do MMA
  2. Inscrição no sistema: cadastramento da iniciativa na plataforma oficial
  3. Análise técnica: avaliação pelo comitê gestor do programa
  4. Aprovação e publicação: divulgação no Diário Oficial e sistema SINIR
  5. Captação de recursos: período para buscar apoiadores (normalmente 24 meses)
  6. Execução e prestação de contas: implementação do projeto e relatórios periódicos

Para aumentar as chances de aprovação, os projetos devem demonstrar:

  • Viabilidade técnica e econômica
  • Benefícios socioambientais mensuráveis
  • Inclusão de catadores e comunidades vulneráveis
  • Inovação nas soluções propostas
  • Potencial de replicabilidade

Benefícios da Lei Rouanet da Reciclagem: um ciclo virtuoso

A Lei de Incentivo à Reciclagem cria um verdadeiro ciclo virtuoso, beneficiando múltiplos atores do ecossistema socioambiental:

Para o Meio Ambiente:

  • Redução de resíduos em aterros e lixões: menor pressão sobre áreas de disposição final
  • Economia de recursos naturais: menor necessidade de extração de matérias-primas virgens
  • Diminuição da emissão de gases de efeito estufa: processos de reciclagem geralmente emitem menos carbono que a produção com matérias-primas virgens
  • Prevenção da contaminação de solos e águas: destinação adequada de materiais potencialmente tóxicos
  • Promoção da economia circular: fechamento de ciclos produtivos com reintrodução de materiais

Para a Sociedade:

  • Geração de empregos verdes: criação de postos de trabalho em toda a cadeia da reciclagem
  • Valorização dos catadores: reconhecimento e profissionalização de uma categoria historicamente marginalizada
  • Fortalecimento de cooperativas: estruturação de organizações com base econômica sustentável
  • Educação ambiental: disseminação de conhecimento sobre gestão de resíduos
  • Transformação de territórios: melhoria da qualidade ambiental em comunidades vulneráveis

Para os Contribuintes (Pessoas Físicas e Jurídicas):

  • Direcionamento consciente de impostos: poder de decisão sobre a aplicação de recursos públicos
  • Transparência na aplicação dos recursos: acompanhamento direto dos resultados
  • Satisfação pessoal: participação em transformações socioambientais concretas
  • Engajamento em causas relevantes: conexão com iniciativas alinhadas a valores pessoais
  • Incentivo sem custo adicional: benefício social sem aumento da carga tributária

Para as Empresas:

  • Fortalecimento de estratégias ESG: atendimento a critérios ambientais, sociais e de governança
  • Engajamento com colaboradores: envolvimento do público interno em causas sustentáveis
  • Relacionamento com comunidades: construção de laços com territórios e populações
  • Diferenciação competitiva: posicionamento como organização ambientalmente responsável
  • Contribuição para Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS): alinhamento com a agenda global de sustentabilidade

Como participar na prática: passos para entrar em ação

A participação na Lei Rouanet da Reciclagem pode se dar de diferentes formas, dependendo do seu perfil e interesses. Veja como cada tipo de ator pode se envolver:

Para Apoiadores (Pessoas Físicas):

  1. Informe-se sobre projetos: consulte a lista de iniciativas aprovadas no sistema SINIR
  2. Escolha uma causa alinhada aos seus valores: avalie os projetos disponíveis
  3. Planeje sua contribuição: calcule quanto pode destinar (até 6% do IR devido)
  4. Faça a transferência: realize a doação para a conta do projeto escolhido
  5. Guarde o recibo: mantenha o comprovante para sua declaração de IR
  6. Acompanhe os resultados: muitos projetos oferecem relatórios periódicos aos apoiadores

Para Empresas:

  1. Consulte seu departamento fiscal: confirme o regime tributário e o potencial de dedução
  2. Defina critérios de seleção: estabeleça parâmetros alinhados à estratégia ESG
  3. Pesquise projetos elegíveis: explore o banco de projetos aprovados
  4. Estabeleça contato com proponentes: conheça melhor as iniciativas de interesse
  5. Formalize o apoio: realize a transferência e obtenha documentação
  6. Comunique o investimento: divulgue a ação para stakeholders, se desejado
  7. Monitore o impacto: acompanhe os resultados e inclua em relatórios de sustentabilidade

Para Proponentes (Organizações):

  1. Desenvolva um projeto robusto: crie uma proposta bem fundamentada
  2. Atenda aos requisitos formais: certifique-se de ter toda documentação necessária
  3. Submeta para aprovação: cadastre a iniciativa no sistema do MMA
  4. Prepare-se para captação: desenvolva materiais e estratégia de abordagem
  5. Busque apoiadores: divulgue o projeto para potenciais incentivadores
  6. Execute com excelência: implemente as ações conforme proposto
  7. Preste contas: mantenha relatórios detalhados de execução física e financeira

Para Articuladores:

  1. Mapeie o ecossistema local: identifique proponentes e potenciais apoiadores
  2. Organize eventos de conexão: promova encontros entre projetos e incentivadores
  3. Ofereça capacitação: realize oficinas sobre a lei e seus mecanismos
  4. Crie materiais informativos: desenvolva conteúdos que expliquem a lei
  5. Articule com o poder público: dialogue com órgãos governamentais sobre o tema
  6. Monitore resultados: acompanhe o impacto das conexões realizadas

Óleo Verde: experiência e inovação em reciclagem

A Óleo Verde Coleta e Reciclagem possui ampla experiência no desenvolvimento de iniciativas que transformam resíduos em oportunidades. Além do projeto Doe Óleo, nossa atuação no reaproveitamento de óleos e gorduras residuais está em fase de desenvolvimento através de projetos sociais e parcerias com associação de moradores de vilas e favelas para fabricação de sabão biodegradável.

Estas iniciativas são exemplos concretos dos tipos de projetos que podem ser apoiado através da Lei Rouanet da Reciclagem, combinando benefícios ambientais, inclusão social e inovação tecnológica.

Como a Óleo Verde pode ajudar:

  • Para empresas interessadas em apoiar: oferecemos consultoria para identificação de projetos alinhados à sua estratégia de sustentabilidade
  • Para organizações que desejam propor projetos: compartilhamos nossa experiência na elaboração e execução de iniciativas de reciclagem
  • Para articuladores: participamos de redes colaborativas que fortalecem o ecossistema da reciclagem

Fale com um especialista:

Se você quer saber mais sobre como participar da Lei Rouanet da Reciclagem ou deseja discutir possibilidades de projetos envolvendo óleo de cozinha usado, gordura residual ou inclusão produtiva em comunidades, entre em contato com Rodolpho Mares, gestor da Óleo Verde. Ele pode orientar sobre aspectos técnicos, legais e estratégicos para transformar resíduos em impacto positivo e parte do seu imposto de renda em apoio à reciclagem.

Uma boa oportunidade para todos

A Lei Rouanet da Reciclagem representa muito mais que um mecanismo fiscal: é uma oportunidade de participação direta na construção de um Brasil mais sustentável e inclusivo.

Ao permitir que recursos que seriam pagos como impostos se transformem em investimentos em projetos de reciclagem, a legislação cria um canal direto entre contribuintes e iniciativas de impacto socioambiental.

Este é o momento de conhecer melhor esta possibilidade e avaliar como você ou sua organização podem fazer parte desta transformação. Seja apoiando projetos existentes, propondo novas iniciativas ou articulando conexões entre diferentes atores, sua participação é fundamental para o sucesso desta política pública inovadora.

A Óleo Verde Coleta e Reciclagem está à disposição para contribuir nesta jornada, compartilhando conhecimento, experiência e aptidão em participar da economia circular e da cadeia da sustentabilidade.


Entre em contato com a gente pelo e-mail rodolphoo@oleoverderesiduos.com.br ou whatsapp (31) 99551-8191

Este artigo foi elaborado com base na Lei nº 14.260/2021 e na Portaria GM/MMA nº 1.250/2024. Recomendamos sempre consultar a legislação atualizada e especialistas para informações específicas sobre seu caso.

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Benefícios da reciclagem de óleo para o meio ambiente

Reciclagem de óleo de cozinha: benefícios, passo a passo e oportunidades

No contexto atual, a reciclagem de óleo de cozinha tem se destacado como uma prática essencial para a preservação do meio ambiente e a geração de oportunidades, sendo ainda fonte de renda complementar para quem recicla. Descartar óleo de cozinha de forma inadequada pode acarretar sérios danos ambientais, como entupimento de esgotos e contaminação da água. É importante entender que pequenas ações de cada um podem fazer uma grande diferença.

Por que reciclar o óleo de cozinha?

A reciclagem de óleo de cozinha traz benefícios para o meio ambiente e para a sociedade como um todo. Ninguém sai perdendo! Cada litro de óleo reciclado evita a contaminação de milhares de litros de água potável, contribuindo assim para a preservação de nascentes, córregos, rios e lagos. E ainda evita custos adicionais para o tratamento de água e esgoto. Além disso, o óleo reciclado pode ser utilizado na produção de energia limpa, como biocombustível, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis e promovendo a sustentabilidade ambiental.

Como participar da reciclagem de óleo de cozinha?

Para aderir à prática da reciclagem de óleo de cozinha você precisa saber como funciona a coleta seletiva na sua cidade ou participar de campanhas de reciclagem na sua região. A Óleo Verde disponibiliza pontos de entrega voluntária (PEVs) em supermercados e também realiza a coleta grátis em residências, condomínios e empresas, a partir de 10 litros armazenados. Juntar o óleo usado em recipientes com tampa e destinar para reciclagem é uma atitude que faz toda a diferença para um planeta mais sustentável. Além disso, é válido se informar sobre projetos locais que utilizem o óleo reciclado, como a fabricação de sabão ou biocombustível, para ampliar o impacto positivo dessa ação.

Sustentabilidade e oportunidades de renda extra.

Ao reciclar o óleo de cozinha, não apenas se está preservando o meio ambiente, mas também criando oportunidades econômicas. Cooperativas e empresas especializadas são capazes de transformar o óleo usado em novos produtos, gerando empregos e renda para a comunidade. Além disso, a reciclagem contribui diretamente para a redução de resíduos destinados aos aterros sanitários, promovendo uma abordagem mais sustentável para a gestão de resíduos.

Faça a diferença, recicle seu óleo de cozinha.

Pequenas atitudes, como reciclar o óleo de cozinha, fazem uma grande diferença no mundo em que vivemos. Ajudar a preservar a água, promover a energia limpa e gerar renda através da reciclagem são apenas alguns dos benefícios dessa prática. Comece hoje mesmo a separar e reciclar o óleo de cozinha em sua casa e inspire outras pessoas a fazerem o mesmo. Juntos, podemos construir um futuro mais sustentável e próspero para todos.

Fale com a gente!

Se você busca informações sobre coleta e reciclagem de óleo de cozinha, compra e venda desse resíduo ou como transformá-lo em produtos úteis, estamos aqui para ajudar. A reciclagem de óleo de cozinha é uma atitude simples, porém poderosa, que pode impactar positivamente o meio ambiente e a comunidade ao seu redor.

Lembre-se: o futuro sustentável começa com pequenas ações no presente. Junte-se a Óleo Verde nesse movimento a favor de um planeta mais verde e próspero para todos! 🌍

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Óleo de cozinha usado não é lixo – é revolução energética!

🛢️ Você sabia que aquele óleo de cozinha usado, que muitas vezes é descartado como lixo, pode se transformar na solução para um futuro mais sustentável? Aqui na Óleo Verde, estamos comprometidos em colocar isso em prática e mostrar o potencial que esse resíduo tem como matéria-prima para biocombustíveis de alta performance, como o SAF (Sustainable Aviation Fuel).

✈️ Um exemplo? O Aeroporto de Congonhas iniciou testes com biocombustíveis a base de óleos e gorduras residuais, uma solução inovadora que prova como resíduos, incluindo óleos vegetais, podem alimentar não só motores, mas também a esperança de um planeta mais limpo. A descarbonização não é uma meta distante – ela começa agora, com iniciativas como essa.

🔄 Economia circular em ação:

• O biocombustível produzido a partir desses resíduos pode reduzir até 90% das emissões em setores como aviação, transporte e mineração.

• Cada litro de óleo de cozinha coletado pode se transformar em 800ml de biocombustíveis e tornar-se um aliado para compensar as emissões de CO₂.

• Isso significa que o óleo de fritura usado tem o poder de impulsionar aeronaves e equipamentos, enquanto protege o meio ambiente.

🌍 Por que isso importa?

Transformar resíduos em energia renovável é mais do que inovação – é uma necessidade para atingirmos a neutralidade de carbono até 2050. O óleo de cozinha usado não deve ir para o ralo, mas para o ciclo da economia circular, onde cada gota faz diferença.

💡 O que você pode fazer?

• Não jogue óleo de cozinha usado fora

• Entre em contato com a Óleo Verde para reciclar corretamente

• Apoie iniciativas que valorizam resíduos como fonte de energia limpa

🚀 Na Óleo Verde Coleta e Reciclagem acreditamos que sustentabilidade e inovação caminham juntas. Junte-se a nós nessa transformação: o futuro é renovável, circular e começa com pequenas ações, como reciclar o óleo da sua cozinha. Vamos criar um projeto de sustentabilidade na sua empresa ou cidade?

✉️  Envie uma mensagem no WhatsApp e recicle com a gente.